Brangus: resultado conquistado na prática
A raça Brangus se destaca cada vez mais no cruzamento industrial, como confirmam pecuaristas
Facilmente adaptável, a raça Brangus vem se destacando cada vez mais no cruzamento industrial. Precocidade e rusticidade, aliados ao sabor de uma das carnes mais macias do mundo, são características que definem os motivos de escolher o Brangus como parte do rebanho.
No Brasil, em função da adaptabilidade, o animal pode ser encontrado nos mais diferentes tipos de clima e vegetação, de norte a sul do País e com resultados igualmente satisfatórios.
"Fiz o teste e mandei para o abate 40 animais. Metade era da raça Brangus e a outra metade Nelore. Os animais Brangus tinham dois anos e os Nelores tinham três. Na hora de pesar, a comprovação, com 12 meses de diferença entre as raças, o peso de ambas era o mesmo. O resultado da precocidade do Brangus, visualizado na balança", conta o pecuarista Guilherme Prata, da Fazenda Rio Bonito, em Umuarama, no Paraná.
"Crio Brangus desde 97. Fiz a opção depois de muitos estudos de minha família na evolução de cruzamentos, tanto na Inglaterra como nos Estados Unidos. Queríamos investir em cruzamento industrial, mas não queríamos ter dúvidas quanto à raça. Hoje sabemos que acertamos. Temos tido excelentes resultados. Está provada a versatilidade do Brangus em qualquer campo", analisa Marcelo Aguiar Fasano, proprietário da Fazenda Poruína, de Serranópolis, Goiás.
"Hoje em dia é inevitável ter gado europeu no seu criatório. Se você tem estrutura e condições de desenvolver um trabalho de inseminação artificial, abre-se um leque de opções em cruzamentos. Se não tem e quer correr o mínimo de risco, tem que ser Brangus. É a raça sintética de maior resultado no mundo, com maior constância e média de resultados. Pensando assim, diminuem as opções e a escolha tem de ser o Brangus. Quem experimenta, não muda", diz Adauto Peretti Filho, da Fazenda Guará, em Anaurilândia, no Mato Grosso do Sul.
"O mercado quer carne de qualidade. Os leilões comprovam que o preço é firme e há liquidez no Brangus. Eu era usuário da raça no meu plantel, mas gostei tanto, que desde 95 me tornei criador. É uma alternativa viável para usar na base Nelore do País. Acho que todas as raças têm qualidades, mas o Brangus é mais precoce e tem liquidez tanto na fêmea, como no macho. É a melhor ferramenta dos cruzamentos industriais", afirma o pecuarista Ladislau Lancsarics Junior, da Fazenda Anamélia Brangus HP, de Martinópolis, São Paulo.
"Eu estou vendo o Brangus renascer. Sei que fiz a escolha correta. Há cerca de seis anos, houve má-informação sobre cruzamentos industriais e muita gente comprava gado cruzado e mandava para o frigorífico, sem qualidade nenhuma. O frigorífico passou a refugar os cruzamentos e só quem era sério continuou a criar. Hoje a raça Brangus está aí para mostrar que tem qualidade e está entre os melhores resultados em genética bovina", comenta o criador da raça, proprietário da Fazenda Santa Maria I, em Coxim, Mato Grosso do Sul, Ruyter Silva Filho.