Deputados e Ministro discutem embargo à carne
O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, recebeu quarta-feira (20/02) uma comitiva de deputados federais e estaduais para tratar do embargo à carne brasileira pela União Européia. O deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) que integra a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados acompanhou a reunião.
A comitiva de deputados também esteve reunida para tratar do mesmo assunto com o secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Neto. O assunto em pauta foi para esclarecer se há um boicote à carne brasileira para proteger algum país da Comunidade Européia.
O ministro informou aos parlamentares de como está sendo trabalhada a questão da visita de auditores da União Européia que chegará no dia 25 de fevereiro em Brasília e a partir do dia 27 irão inspecionar algumas das propriedades rurais aptas a exportar a carne brasileira. A missão permanece no país até o dia 13 de março. O grupo irá vistoriar algumas propriedades rurais. A estimativa é que no Rio Grande do Sul sejam avaliadas 21 fazendas e em todo país 300 fazendas. Os auditores visitarão as propriedades nos Estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santos, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Essa comissão tem como propósito ir até a sede do parlamento europeu na cidade de Bruxelas-Bélgica para apresentar as condições favoráveis do Brasil no que se refere a exportação da carne brasileira. O Brasil é hoje o líder do mercado internacional da carne bovina, exportando para 182 mercados e com uma participação de 32% no total das exportações de carne. Mas, apesar de ter alcançado a liderança no setor, o Brasil exporta apenas 27% de sua produção.
Durante a reunião, o ministro demonstrou estar otimista e informou que será um processo contínuo para efetivar a reabertura do mercado. A luta será para que o encaminhamento da situação seja no sentido de que a cada período de rastreamento e certificação das propriedades vá aumentando o número de fazendas autorizadas. A intenção é manter o mercado atendendo os contratos já fixados, mesmo que seja em menor volume, até que a situação seja regularizada.
Fonte: www.grupocultivar.com.br