Operação Verão Legal Fiscaliza Abate Clandestino

Se antecipando à Operação Verão Legal 2009 do governo estadual, que se inicia no dia 19 de dezembro, a Secretaria da Agricultura dará início no próximo dia 14 à fiscalização sobre o abate clandestino de gado, o trânsito de animais vivos e o de produtos de origem animal que serão consumidos por milhares de veranistas no litoral. O trabalho de veterinários e assistentes tem calendário diferente do restante da operação porque o comércio que funciona nas praias logicamente começa a se abastecer antes da chegada em massa dos veranistas a partir do feriadão de Natal. 

A operação de controle sanitário que se estende até 28 de fevereiro de 2010 começa com corte de pessoal. Nesta temporada, 10 servidores, em quatro equipes, atuarão em barreiras móveis com revezamento a cada 15 dias. No último veraneio, a tarefa era desempenhada por 14 veterinários e assistentes. O enxugamento deve-se à mudança de origem dos recursos para custear a operação. Até 2009, os valores saiam do caixa único, e a partir desta temporada terão de ser bancados pelo orçamento da Secretaria. 

O custo das equipes por quinzena é de R$ 12 mil, incluindo o pagamento de diárias e combustível para os quatro carros. Apesar do menor número de pessoas atuando nesta edição, o chefe da Fiscalização e Defesa da Secretaria, Nilton Rossato, acredita que será possível realizar a inspeção de forma eficiente. 

Para isso, a Secretaria espera contar com a colaboração de proprietários de matadouros e comerciantes que atuam regularmente, além de equipe extra que, paralelamente, inspecionará locais que fazem abate clandestino no começo da temporada. Além da carência de pessoal para a ação nas estradas, a fiscalização enfrenta problema nas vistorias nos comércios, pois para inspecionar a procedência do produto precisa estar acompanhada de agentes das secretarias da Saúde das prefeituras, o que nem sempre acontece ou pela falta de estrutura de pessoal desses municípios ou pela negativa de participação nas inspeções. 

Ao longo dos últimos anos, o controle ostensivo em pequenos mercados, padarias e açougues tem sido uma das principais queixas de representantes de indústrias de lácteos e carnes que atuam no Rio Grande do Sul. Em 2009, foram retirados de circulação 35.917 quilos de produtos em 188 apreensões. Em 2008, foram 136 operações com 5.477 quilos apreendidos. Já as barreiras móveis cairam de 247 para 211 no mesmo período, de acordo com levantamento da Secretaria.

Fonte: Correio do Povo

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