Padronização e certificação de qualidade são foco da indústria da carne bovina
Se voltarem no tempo, verão que a quase dois anos tenho defendido este idéia, que parece, está tomando corpo Brasil a fora.
Mesmo tendo objeções e criticas venho lutando por este objetivo, pois vejo o Brangus como sendo melhor caminho para uma grande oferta de bons produtos de carne bovina, com escala garantida e qualidade garantida.
http://www.brangus.org.br/2011/noticias.php?id=1597
Não existe outra raça no pais capaz de suprir esta demanda cada vez mais crescente em se tratando de cruzamento industrial.
Entendemos que Brangus é todo cruzamento entre Angus e raças zebuínas e que o filho de um bom touro Brangus em uma vaca zebu, desde que jovem e bem acabado é digno ser retirado da condição de vala comum(referendado pela UNESP de Botucatu).
Brangus é a melhor ferramenta para se agregar valor a carne.
Tenho repetido sempre: Na Hora em que a dona de casa aprender a exigir por carne de qualidade , a pecuária Brasileira sofrerá uma revolução, pois será necessária mais genética, mais nutrição, mais sanidade, mais tecnologia,etc.
Portanto o foco deve ser o consumidor, quem deve saber sobre qualidade de carne e ainda não sabe é a dona de casa.
Na Reportagem abaixo poderão ver que estamos no caminho certo.
Padronização e certificação de qualidade são foco da indústria da carne bovina
Na tarde desta quinta, dia 1º, a Casa RBS sediou mais uma edição do Fórum Canal Rural, tendo como temática
O Marketing da Carne Angus. O evento integra a programação da Expointer 2011, que acontece no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O seminário é uma realização da Associação Brasileira de Angus (ABA), em parceria com o Canal Rural.
Participaram do evento como painelistas o coordenador de sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Fernando Sampaio, o gerente nacional de Fomento do grupo Marfrig, Luciano Andrade, o secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, a coordenadora da câmara setorial da carne, Ana Suñe, e o diretor do marketing da ABA, Luiz Felipe Moura.
Fernando Sampaio, da Abiec, iniciou seu discurso ressaltando o sucesso obtido pela carne bovina brasileira no mercado internacional na última década. Segundo ele, isso deveu-se a uma estratégia de marketing bem colocada, em uma época em que a Europa, que representava grande parcela do mercado, sofreu com a crise da vaca louca.
– Naquele momento a nossa preocupação era mostrar ao mundo que a carne brasileira era bem tratada, alimentada a pasto. Essa era a imagem que a gente queria vender do Brasil e funcionou muito bem, pois tomamos grande parte dos mercados que antes eram da Europa. Em pouco tempo nos tornamos o maior exportador do mundo - ressaltou Sampaio.
Porém, segundo ele, atualmente o Brasil tem perdido espaço para outros países como a Austrália, o Canadá, a Irlanda, a Argentina e o Uruguai. A perda de competitividade e a baixa cotação do dólar, que dificultam a exportação, são algumas das razões. Mas, de acordo com Sampaio, o principal motivo é a péssima imagem divulgada pela mídia internacional de que a carne brasileira é fruto de desmatamento ilegal.
Para isso, estão sendo montadas estratégias de comunicação para modificar os estereótipos criados sobre o Brasil. Uma agência especializada em mudança de imagem foi contratada para construir uma nova narrativa para a indústria brasileira da carne, contando a história das pessoas envolvidas no setor, tendo como tema “O Brasil que evolui com a pecuária”.
O segundo painelista da tarde foi Luciano Andrade, do grupo Marfrig. Ele falou da importância da padronização na carne bovina para agregar valor ao produto. Para ele, não há nada pior para o consumidor final do que uma marca na qual não se pode confiar em seu padrão de qualidade. Andrade também explicou o funcionamento do Programa Fomento Angus Marfrig, lançado em 2007, cujo objetivo é ter uma produção padronizada e certificada como de alta qualidade.
Em seguida, o secretário de Defesa Agropecuária do Estado, Francisco Jardim, dividiu com os presentes um pouco da história do setor bovino no Rio Grande do Sul, destacando seu processo de valorização e modernização nas últimas décadas. Para ele, o setor precisa hoje estabelecer pagamento por qualidade, para incentivar os bons resultados dos produtores.
– O setor precisa investir em mão de obra qualificada e maior infraestrutura, com controle de qualidade laboratorial. Além disso, precisamos rever marcos regulatórios que possam dinamizar e desenvolver a produção - apontou.
Ana Suñe deu continuidade ao assunto explicando o funcionamento do Programa de Valorização da Carne Gaúcha, o qual coordena. Segundo ela, as ações estão estabelecidas em três eixos principais: a sanidade, que tem como objetivos a rastreabilidade total e obrigatória; a produção, que visa aproveitar o diferencial do Estado em sustentabilidade ambiental e cultural; e o grupo de mercado, que pretende consolidar uma matriz de informações com periodicidade e confeccionar um selo de qualidade de abrangência estadual.
Por último, Luiz Felipe Moura, da ABA, citou diversos exemplos que demonstram o sucesso da carne bovina brasileira. Para ele, a principal razão é o orgulho que o brasileiro tem de produzir, que é refletido na qualidade do seu trabalho.
– O Brasil tem uma versatilidade que poucos países têm. Isso permite-nos transformar qualquer coisa em algo muito legal. Mas eu não precisaria ter dito nada disso, pois hoje chegamos em um ponto em que os números falam por si só - concluiu.
FONTE:PORTAL DO AGRONEGÓCIO
Ernesto Coser Netto.
Gerente Comercial
Assoc. Brasileira de Brangus.