Pecuária: Custos sobem mais que arroba e inflação

Segundo pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), de janeiro a abril o custo de produção aumentou 5,35%, enquanto o preço do boi gordo subiu 2,96%. No mesmo período, a inflação foi de 1,51%. 

"Estamos perdendo renda", afirma o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira. Segundo ele, a indexação da remuneração do trabalhador ao salário mínimo é que impacta no custo, pois a mão-de-obra registrou aumento de 8,57% no ano - a maior variação entre os insumos que compõem o custo. Também tiveram forte alta no período os antibióticos (8,27%) e os adubos e corretivos (7,89%). 

Entre os estados, a maior variação ocorreu no Paraná - custos 8,43% maiores - e a menor em Tocantins: 3,35%. 
O levantamento, divulgado ontem, mostra que a mão-de-obra foi o item que mais pesou no custo de produção da pecuária: 22,99% do total. Segundo o estudo, o salário médio na propriedade de pecuária de corte é maior que o dos empregados na zona urbana de 22 das 54 regiões pesquisadas. Sérgio de Zem, pesquisador do Cepea/USP, a explicação para isto é a indexação ao salário mínimo. 

Quando comparados os dados apenas do último mês, a diferença entre o custo, o preço do boi gordo e a inflação é ainda maior. Em abril, os custos aumentaram 3,33%, a cotação do boi gordo caiu 0,39% e a inflação foi de 0,25%.

 

Fonte: www.mnp.org.br

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