Brasil Busca Aumentar Exportações Para UE

Na tentativa de elevar as exportações de carne bovina à Europa, os frigoríficos brasileiros formalizaram ontem, em Bruxelas, um pedido de alteração nas exigência da Comissão Europeia para o rastreamento do gado bovino nacional.

O presidente da associações dos exportadores (Abiec), Roberto Giannetti da Fonseca, terá encontros reservados com os diretores-gerais de quatro comissões do braço executivo da União Europeia. A Abiec quer enxugar as normas e colocar como única exigência aos embarques pela chamada Cota Hilton a comprovação da permanência do gado em confinamentos durante os últimos 100 dias antes do abate. Hoje, os europeus exigem que os frigoríficos comprem gado apenas de fazendas que adotam uma quarentena de 90 dias. A regra não inclui a criação intensiva em confinamentos e a indústria precisa comprovar este período mínimo de permanência na última propriedade. O Brasil argumentará que uma recente decisão da UE permitiu aos EUA exportar ao bloco carne de confinamentos no mesmo prazo de 100 dias.

O Brasil também negocia com a UE a transferência da administração da lista de fazendas habilitadas ao Ministério da Agricultura. Isso deve acelerar o processo de auditoria das fazendas e de inclusão de novas propriedades na chamada lista Traces imposta ao Brasil. Tínhamos 10 mil fazendas antes da criação da lista. Hoje, são 1,5 mil. Se aprovarmos as mudanças, podemos chegar a 8 mil ou 9 mil fazendas habilitadas em um ano, diz Giannetti.

O esforço da indústria está concentrado em aproveitar o bom momento do mercado mundial de proteína animal. A demanda deve crescer em um  curto prazo, segundo Gianetti. Os países emergentes não deixaram de consumir durante a crise financeira internacional que estourou no fim de 2008 e os países europeus já sentem a falta de outros provedores de carne bovina.

Fonte: www.abiec.com.br

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