Com escalas mais curtas de abate, preços seguem firmes

As escalas médias de abate têm se reduzido no País pelo fato de frigoríficos de menor porte estarem com dificuldade para comprar animais no mercado físico. Com isso, a indústria perde poder de barganha, pois os pecuaristas resistem a aceitar preços menores pelos animais terminados.
Segundo o Besi Brasil, a escala média de abate recuou para 4,75 dias úteis, ante 5 dias úteis na leitura do dia anterior. Por outro lado, as grandes empresas do setor, que conseguem comprar animais em vários Estados, mantêm programações mais longas - e seguem tentando negociar lotes mais baratos.
"Em Minas Gerais e Goiás a indústria tem escalas mais confortáveis, enquanto em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul as programações estão mais curtas", afirma o sócio-diretor da Boi Invest, Ricardo Heise. Isso levou à queda dos preços de referência do Triângulo Mineiro e do sul de Minas Gerais, onde a arroba foi negociada em R$ 137. Já produtores de Mato Grosso do Sul conseguiram negociar bois a preços maiores em Campo Grande, em torno de R$ 143 a arroba. No mercado paulista, os preços ficaram estáveis, com negócios fechados entre R$ 148 e R$ 149 a arroba à vista. Enquanto frigoríficos de menor porte dão sustentação às cotações, a grande indústria garante lotes com relativa tranquilidade no mercado a termo. Nessa modalidade de compra, pecuaristas vendem a produção antecipadamente, travando preços, quantidade de animais e data para o abate.
Na quarta-feira, os preços da carne também não se alteraram, conforme analistas. O comércio com o atacado segue em níveis regulares, mas começa a dar sinais de fraqueza com a proximidade da segunda quinzena do mês. Com menor renda disponível nesse período, o brasileiro tende a diminuir o consumo, o que afeta o negócio com a carne bovina. A Scot Consultoria apurou estabilidade no quilo do boi capão, que ficou em R$ 9,40.

Fonte: Broadcast Agro 

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